Sexta-feira e as babes combinaram uma "girl's night out", como era hábito uma vez por mês. Jantar, muita conversa solta e descomplexada, risada, um pouco de dança para terminar a noite e estreitar os laços que nos uniam. Decidi levar uma mini saia plissada num quadrejado largo branco e negro com uma camisa negra,cinto de ligas e lingerie no mesmo tom, sempre adorei o preto, e botas de salto alto. Como sempre quando nos encontrávamos, saltavam os piropos de "gaja" que não tem maldade mas muito cumplicidade umas com as outras, pura amizade e companheirismo.
O jantar correu em amena cavaqueira, seguido de um café tão ou mais animado. Por volta das 00:20h decidimos ir a uma disco na zona, mas com pouca vontade de ouvir House, e como tal deixámo-nos estar no Clube K. Cada uma pediu a sua bebida, eu como estava numa de algo doce, pedi Blue Curaçao com 7up. A musica foi tocando, os risos, confidências e noite foram avançando num ritmo saboroso, quando pego na mala para tirar um cigarro e vejo no visor do telemovel uma sms tua. Estranhei a hora, e abri curiosa... "Essa saia fica-te a matar! Estás linda... menina bonita! ;)"
Sem reacção quase e preplexa a olhar para o visor por uns segundos, o coração disparou. Tentei disfarçar o entusiasmo perante quem estava comigo mas sem o conseguir, levantei-me e olhei em redor, ainda meio incrédula à tua procura, e dei contigo do outro lado do recinto a olhar para mim com aquele sorriso que conheço tão bem... Retribui-te na mesma medida, se bem que a excitação era um pouco dificil de camuflar, sabes bem o efeito que me provocas, mas que te respondo de igual forma. Uma das ladies que me conheçe de gingeira aproxima-se, segreda-me ao ouvido que tenho muito bom gosto e pisca-me o olho, sabendo que me vai tirar do transe momentâneo e não resisto ao sorriso que também conheçes muito bem.
Dirigimo-nos todas à pista, e quando encontramos um espaço livre procuro-te na confusão, mas já não estás lá. Vejo-te momentos depois entrar na pista e a aproximar, mas deixas-te ficar a uma certa distância. Provocas-me com o olhar, ao que te respondo em movimentos do corpo e sem desviar os meus olhos dos teus, entrando num jogo de sedução em que nenhum quer que o outro desista e ficamos assim uns bons minutos ao compasso da musica. Quando te sinto bem perto viro-me de costas para ti e vou-me deixando inclinar para trás, até me encostar a ti. A tua mão abraça-me pela cintura e o teu corpo cola-se ao meu, dançamos juntos, em movimentos quentes mas calmos, num abrir de apetite e aguçar do que já é sôfrego e parcamente dissimulado. Encostas a boca no meu ouvido e sussurras-me que te estou a deixar louco, sinto nas minhas nádegas o teu sexo a crescer, ao que me roço ainda mais, mordes-me o pescoço, seguido de um beijo, sentes-me as pernas a fraquejar.
A tua mão desce do ventre, entrando pela saia e trespassando a seda negra de encontro à pele macia e depilada, o teus dedos procuram o quente e humido adentrando em mim, fazes-me gemer baixinho,sinto-te cada vez mais duro. Sentes-me tremer e sabendo que me perco na tua voz rouca, dizes-me palavras desconexas ao ouvido. Levamos até ao limite do razoável e racional, até te pedir para sairmos dali. Volto para perto das ladies e o telemovel dá sinal. "Daqui a 15 min. no parque de estacionamento".
Arranjei uma desculpa para sair dali, e ao ver o teu carro entrei, sentei-me e nem tive tempo de articular nada, um beijo sôfrego e lânguido disse tudo de parte a parte. Arrancaste em direcção a lugar nenhum especifico, apenas um longe de vistas e que nos pudéssemos disfrutar. Pelo caminho desapertei-te as calças de ganga e soltei-te o sexo, ávida de te sentir e provar, e provei. Vagarosamente lambi-te, chupei-te, aninhei-te na minha boca enquanto te sentia contorcer e gemer. Paraste numa falésia, desligaste o motor do carro e sentiste-me levar-te quase ao orgasmo num misto de calmaria e suavidade, tortura e lascividade até não poderes mais e me puxares para cima e quebrares-me com o teu beijo.
Puxaste-me para que me sentasse em cima de ti, deslizaste as mãos pelas minhas pernas puxando o fio dental para o lado e entraste dentro de mim fundo, a seco. Ouviste o meu gemido enquanto me recostei para trás. Com as mãos desapertaste a minha camisa, puxaste as alças do soutien para baixo e brindaste os meus seios com a tua lingua, sedentos da tua boca, erectos e eriçados pelo vai e vem calmo que constratava com a urgência do sentir.
Abriste a porta do carro, pegaste-me pela mão e encostaste-me ao capôt do carro. Abriste-me as pernas com o corpo e a tua boca desceu dos seios às virilhas, puxando-me a tanga para baixo num movimento rápido. A tua lingua desceu devagar, numa tortura constante, lambendo-me o néctar que escorria e como que brincando com o meu clitóris, fazias-me gemer cada vez mais até me levares ao orgasmo avassalador e tempestusoso, como as ondas do mar que batiam lá em baixo. Com o corpo trémulo, subiste devagar e carinhosamente, e num beijo com resquicios de néctar meu trocado, entraste em mim e abafaste o meu gemido.
Foste entrando e saindo, fundo e com calma, sentindo cada pelo meu a eriçar, e aumentando o ritmo a cada estocada. Secas e fundas, rápidas e loucas, até me levares ao orgasmo de novo. Virei-me de costas para ti e senti-te a entrar, todo, sem dó nem piedade. Abraçaste-me no contraste e num jogo de ancas sincronizado, fomos perdendo a noção do espaço, tempo e realidade. Controlaste o teu orgasmo, ate ao momento quem que to pedi... "Vem-te para mim..."
Ouvi-te, senti-te, no arrepiar supremo e incontrolável de uma onda eléctrica, a inundares-me com o teu leite quente e abraçado a mim, numa entrega intemporal. Ficámos assim tempos que o relógio não registou, nem tinha como, não lhe competia tal tarefa. Em carinhos puros, nos deixámos ficar por uns tempos a ouvir o som do mar e dos nossos corações, até entrarmos no carro de novo e fazermos o percurso de volta. Ao chegar, um beijo doce e sentido, como nenhum outro...